(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Invento um poema para dizer à noite,
quando espreito as estrelas da janela...
Falo com elas... O frio é um açoite,
mas, mesmo assim, eu acho a noite bela.
Não sei se a noite quer escutar poemas.
Mas sei que as estrelas são quase seres divinos.
Levam nas asas duas grandes luzernas.
Levam a Deus mensagens, preces, hinos...
Quedo-me muda a remirar o céu...
Peço-lhe a estrela que achar mais bela:
coloco nela o teu rosto risonho...
Noite fora... noite dentro... Onde vou eu?
Encosto o rosto no vidro da janela...
Quero ser anjo... Quem escuta o meu sonho?
Maria Helena Amaro
Braga, 11 de novembro 2013.
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