(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Não me cantes esse fado que eu não quero.
Não me cantes poesia feita drama.
Também já tive retalhada a minha alma
em momentos de dor e desespero.
Não me cantes esse fado da traição,
que a traição não é boa companhia
(vela de noite, esconde-se de dia)
que posso ter retalhado o coração.
Canta-me um fado que construa esperanças
que me recorde os olhos de crianças
plenos de pureza e de bondade...
Canta-me um fado que me recorde danças
que me relembre caracóis e tranças
coisas tão frescas da minha mocidade.
Maria Helena Amaro
4/08/2014
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