(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Há uma cadeira vazia
Uma TV fechada
Uma telefonia silenciosa e fria
na sala abandonada...
As cortinas cerradas
descem do teto em direção
à tijoleira escura...
É uma tarde de sábado
um dia tão molhado
Um dia tão suspenso...
Que triste companhia
É o que penso...
É o que eu sinto...
É o que eu digo...
Sem amiga ou amigo.
Pego na caneta
(eu não quero uma tarde tão serena)
Penso que a tua alma leve e terna
ainda gosta que eu seja poeta
e faço este poema
porque tu estás comigo.
Maria Helena Amaro
Agosto, 2014
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