(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Abro a janela. O sol está tão doce!
Quero que entre e inunde a minha casa.
Traga com ele o bater de uma asa
e me recorde as manhãs de Foz de Arouce.
Tão longa é a distância e o caminho,
tão desigual o sol em aguarela,
que este abrir e fechar da janela,
provoca em mim desencanto mesquinho.
As rosas já abriram perfumadas...
Mas a chuva tornou-as tão meladas,
tão caídas, coisas da tesoura...
A chuva doce tem as suas ciladas.
Toda me molha em tardes repousadas
Mas vem o sol. Todo ele me doura.
Maria Helena Amaro
Junho, 2012
Sem comentários:
Enviar um comentário