(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Perdoa, amigo, senão soube merecer-te
o teu carinho toda a tua ventura
Perdoa, amigo, se seu tentei perder-te
no meu mundo de dor e de amargura
Perdoa, amigo, todo esse meu desdém
todo o desprezo que vias nos meus olhos
perdoa, amigo, perdoa que eu também
já perdoei à vida os meus abrolhos
Perdoa, amigo, esse sonho impossível
que um dia julgaste ser possível
na minha vida risonha a florir
Perdoa tudo, deixa-me abandonada
para que possa morrer já descansada
recordando a tua imagem a sorrir...
Maria Helena Amaro
12/12/1953
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