(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Canção do outono que tanto me entristeces
vem embalar-me nas tuas nostalgias
põe-me na alma as loucas fantasias
com que à noite, em pranto, me enterneces
Quando à tarde à hora do sol por
quando a folhagem ciciar baixinho
mil lamentos e faltas de carinho
quero que tu me cantes só Amor
Canção do outono que à noitinha o vento
canta baixinho o tempo que passou
por entre as árvores já todas despidas
Canção de outono que é quase um lamento
daquelas folhas que o vento levou
e que agora são folhas já caídas.
Maria Helena Amaro
Braga, 18/12/1953
"Canção do outono que tanto me entristeces
ResponderEliminarvem embalar-me nas tuas nostalgias
põe-me na alma as loucas fantasias
com que à noite, em pranto, me enterneces"
Em dias chuvosos, a solidão fiel companheira vem revelar verdades da alma...
Parabéns ótimo poema!