(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Moinhos de vento! Nunca os viste
de velas brancas redondas eternamente?
Bandeiras rotas de exilado triste
ondulando ao vento docemente...
Que pedem eles voltadas para o Céu
de velas rotas redondo eternamente
fantasmas brancos de certo mausoléu
desenhados na sombra do presente...
Farrapos brancos, paus estilhaçados
num raque, raque, raque eu vos vejo girando
no céu azul, esguios, levantados...
Sois a imagem da minha vida quando
eu levantava os meus braços cansados
ao Infinito, a Fé, implorando!...
Maria Helena Amaro
1957
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