(Fotografia de António Sequeira)
Fizeste de cada dia um mar de mágoas,
de viagens de logro e sofrimentos,
naufrágios longos em escuras águas,
em silêncios roxos sem lamentos.
Porque os rochedos te pareciam flores
e as espumas rendas/diamantes
cantavas às estrelas teus amores
em solfejos e rimas delirantes.
Marinheira sem barco e sem maré,
embarcavas todo o dia, toda a hora
em busca de uma praia apetecida...
Agora quando sais: Essa quem é?
Ninguém sabe que foste uma senhora
que um dia se perdeu no mar da vida.
Maria Helena Amaro
Inédito, 12 de julho 2009
Sem comentários:
Enviar um comentário