Vens ter comigo
Na Esperança de cada alvorecer
E ficas comigo todo o dia
No deslizar das horas que não voltam
Na saudade dos dias que se foram
Nas ilusões do tempo que hão de vir…
Vens ter comigo
E bates docemente à minha porta
A mendigar um sonho que não tenho…
Amor, que te hei de dar?
Trago dentro da alma
Madrugadas que não chegaram a nascer
Clareiras brancas
Que tens de povoar a vida toda…
Certezas mentirosas
Que tens de ajudar a transformar
Em verdades de Fé…
Mensagens de ternura
Infindas como o céu
Profundas como o mar…
Há cidades de luz dentro de mim…
- Quem as vai conquistar? –
Vens ter comigo
Na Esperança de cada alvorecer
E as minhas mãos vazias
- Vazias talvez de tanto dar –
São pombas mortas
Caídas no caminho
Onde tens de passar…
In,
«Maria Mãe», 1973
Sem comentários:
Enviar um comentário