Não sei por onde vou
De mãos suplicantesA exigir um sonho que não tenho.
Não sei por onde vou; não sei de onde venho.
Alma descalça de farrapos vestida
Sinto-me morta
- E tanto busco a vida! –
Pergunto a Deus
A sós, angustiada,
A razão desta dor feita braseiro
E aos meus apelos rubros
Ninguém responde nada…
Depois
Lá vou de farrapos vestida
Sentindo a alma morta…
- E tanto busco a vida! –
Pergunto a Deus
A sós, angustiada,
A razão desta dor feita braseiro
E aos meus apelos rubros
Ninguém responde nada…
Depois
Lá vou de farrapos vestida
Sentindo a alma morta…
- E tanto busco a Vida!...
Maria Helena Amaro
In, «Maria Mãe», 1973
In, «Maria Mãe», 1973
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