(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Meu país doente, envelhecido,
minha terra descrente e deformada.
Minha pátria, em dor, desfigurada,
meu Portugal carente e combalido.
Meu asilo de velhos sem sentido,
meu recreio de escola abandonada.
Meu destino sem rota assegurada,
minha velhice de coração perdido.
Meu cais sem navio apetecido,
sem valores, sem afago, desvalido,
em miséria prevista, anunciada.
Por onde anda o sucesso, prometido?
Que fizeram de ti? Porta fechada.
Todos se vão e não te resta nada.
Maria Helena Amaro
14/04/2013
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