(Quadro a óleo de Maria Helena Amaro)
Chamavas-me "muñheca" e eu sorria
mas, no fundo, não, eu não gostava.
Eu era uma menina que te amava,
mas, ser tua "muñheca", não, não queria.
Para mim "muñheca" era brinquedo
sem vida, sem alma ou coração,
cabeleira de luz, corpo perfeito,
silenciosa, cheia de segredo.
O que eu queria era ser tua metade,
teu sentir, teu amar, tua verdade,
o teu abrigo na alegria ou dor.
E assim fui..., "muñheca" nunca mais,
quando sai de casa de meus pais,
foi para viver contigo um grande Amor.
Maria Helena Amaro
Julho, 2010
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