(Fotografia de António Sequeira)
Deixa-me pousar no teu regaço docemente
a minha cabeça cansada de pensar
Descansar na tua a minha mão ardente
e os meus olhos no teu cinzento olhar
Desça do céu um querubim divino
de asas brancas, puras, vaporosas,
para embalar-me num celeste fim
e entre perfumes de desmaiadas rosas...
Deixa esquecer-me que existe a vida
deixa partir-me como vela perdida
arrastada pelo mar que à praia vem
E no teu regaço, o meu altar de amor,
hei-de esquecer-me da minha imensa dor
e murmurar baixinho - "Minha Mãe!"
Maria Helena Amaro
16/05/1955
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