(Ilustração de Maria Helena Amaro)
As andorinhas andam nos beirais
à hora doce do entardecer...
Ó quem me dera partir e nunca mais
as escutar e nunca mais as ver...
Mas eu não posso partir sem um adeus
às doces aves que moram no meu ninho
E no azul escuro das nuvens dos Céus
ficaria só, perdida no caminho...
E se eu partir qual judeu errante
em busca dum Deus desconhecido
de Redenção, da Terra Prometida
Terei saudades do canto murmurante
das doces aves do seu gorgeio querido
Do teu olhar, a luz da minha vida!
Maria Helena Amaro
18/01/1956
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