(Fotografia de António Sequeira)
Porta fechada. Persiana descida.
Silêncio e sombra na grande mansão.
Chama-se a isto serena solidão.
Sem luz e cor no acabar da vida.
À moradia o sol chega tão tarde
Mas vem cheio de risos e projetos.
Saltita alegre nos rostos dos meus netos.
Espanta em mim a mágoa e a saudade.
Abre-se a porta. Sobe-se a persiana.
É tão ameno aquilo que se ama:
- «Ó avó, avó, o que vamos comer?»
Enche-se a sala de risos e de gritos.
Quem tem netos, como eu, assim bonitos.
Não vive só… Não poderá morrer!
Inédito
Maria Helena
Amaro
26/07/2015
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