(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Naquele maio fui à tua procura
vestida de azul
calçada de branco
enfeitada de prata...
Fui à tua procura
doida de sonho por entre a multidão.
Não era amor, não era,
era apenas esperança.
O meu riso era riso de criança
que retém um balão...
Seguiste, então, de rosto esfusiante,
tão bem acompanhado...
Larguei o meu balão!
Ficou só o cordel na minha mão
e eu parada...
Nunca mais esqueci
o ondular da tua capa de estudante
a desaparecer tonta de dança e vida
no fundo da Avenida!
Maria Helena Amaro
Maio, 1997
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