(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Meu Deus:
Sonhos agonizantes...
Ramos de rosas caídas nos caminhos
Levai tudo, Senhor!
Já não há cruzes erguidas na estrada
e as flores cresceram
no cemitério das coisas sem sentido.
Sinto-me morta
e vós Senhor tendes a vida toda
no amanhã do Sol que vai nascer...
Tomai a minha alma
Dai-lhe a frescura do repicar dos sinos
que eu já não suporto
viver suspensa de um sonho ignorado
repartida entre a luz
que doira dois destinos.
Maria Helena Amaro
(Concurso Pedro Homem de Melo)
Junho, 1968.
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