(Ilustração de Maria Helena Amaro)
O meu poema
feito de desamparo
vai para ti menina
menina grande feita mulher crescida.
A minha alma espelha-se na dor
de te saber perdida...
Quando te estendo a mão
e tu não a recebes
perde-se em mim todo o sonho de teres
encontrado na vida
um caminho perfeito...
O meu poema
feito de desengano
vai para ti menina
que tão pura julguei...
Ai quem me dera prender-te nos meus braços
Não te deixar morrer...
Ensinar-te a sorrir
Ensinar-te a viver...
Fazer-te pequenina...
Tão nova ainda
e já andas caminhos
que nunca palmilhei!...
Maria Helena Amaro
Maio, 1967
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