(Fotografia de António Sequeira)
Houve tanta opção na minha vida
Perguntas, sem resposta, ideias sem sentido,
versos escritos em forma de gemido,
sonhos, loucuras, tanta coisa perdida.
Caminho nua nesta longa jornada,
as mãos vazias, o corpo esfarrapado,
rasgo em pedaços as folhas do passado,
vivo esta noite que não tem madrugada.
Se me perguntas onde vou não sei
onde estão esses a quem tudo entreguei
e dos quais nem risos recebi.
Nesta procura, de mim nada salvei,
nesta amargura negra, mergulhei...
Quem vem salvar-me? Quem me tira daqui?
Maria Helena Amaro
Inédito, março 2009
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