(Fotografia de António Sequeira)
Os dedos de meu pai pulavam na guitarra
como crianças correndo no jardim...
Vinham os trinados de encontro a mim
cotovias... rouxinóis... uma cigarra?
Os dedos de meu pai longos, delgados,
dançavam na guitarra com leveza...
Era harmonia... música... beleza...
Baladas... canções... duetos... fados.
Ficava muda ouvindo as guitarradas,
com elas vinham duendes, magos, fadas
e na noite, bailados de luar...
Os dedos de meu pai eram sereias,
cometas, estrelados, luas cheias,
que corriam sobre mim, para me encantar...
Maria Helena Amaro
8/01/2014
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