(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Criança! O teu olhar... essa pureza
nesses olhos cheios de doçura
parecem acalmar esta amargura...
Esta sombra... esta infunda tristeza...
Criança! Sonhara ser pequena, pequenina
ter para mim afagos e carinhos...
Mas dispersa em dores entre carinhos
Recordando os tempos de menina...
Quando um dia chegares a compreender
destes versos um pouco de ternura
talvez o pó seja minha planura
e d'oiro seja já o teu viver...
Levanta então o teu olhar aos Céus
e pede por mim... És toda Esperança!
Eu nunca tive amor... Cresci dos meus
que nunca me deixaram ser criança!
Maria Helena Amaro
Foz de Arouce
17/09/1952
(Dedicado a uma afilhada)
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