(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Perco-me aos poucos no encalço da vida
e a vida me foge sem cessar
Perco-me aos poucos na morte/despedida
Não sei se vou morrer... se vou ficar...
Entre a Paz e a Guerra dividida
entre o riso e a dor tão maltratada,
que sou? Quem sou? Tanta medida!
Medi de dor que já nem sei de nada...
Se tenho pés é para tropeçar
nesse passado em que a traição nasceu
em que troquei a luz que reacendeu
em que pus velas ardendo num altar!
Agora... que sou? que vou dizer?
Se já ninguém ouve o lamento de breu
Se já ninguém me quer prá acalentar?
Se a vida é toda Inferno? Que sou eu?
Maria Helena Amaro
Abril, 1997
Poema extraordinário que transmite o carácter trágico da vida. Mas Cristo assumiu a tragédia humana. Por isso os nossos sofrimentos são assumidos na Sua Infinita Misericórdia. Desta forma se opera a nossa redenção!
ResponderEliminarBoas leituras! Um abraço virtual.
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