(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Amo a terra. As minhas mãos sedosas,
mexem na terra com afago e amor,
que a terra negra gera uma flor;
em madrugadas lentas, luminosas.
Amo a terra. A terra é minha irmã,
tem como eu atitudes serenas,
abre-se em sulcos, tem luzes e poemas,
é toda risos e promessas, sã.
Amo a terra. Não é amar em vão,
com ela eu vou e cada estação
à procura de vida e novidade.
Na primavera eu lhe chamo ilusão,
é luz e fogo no limiar do verão.
Inverno e outono, ela é toda saudade.
Maria Helena Amaro
Inédito
Braga, 16/11/2012
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