(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Em sonhos nasci e me formei
e na sombra eu vivo despertada...
Chamaste-me violeta... e eu sonhei!
E toda a vida me pareceu alada!
A vida ser alada... O que penei!
Pobre de mim na sombra mergulhada...
A terra é negra; eu nela me criei...
Como violeta sou triste e apagada...
Porque quiseste dar-me da alegria
os risos etéreos, cristalinos,
tecidos de sonho e de loucura?
A violeta, amigo, é nostalgia...
É mensagem de tristes desatinos...
É como eu, nascida na amargura!
Maria Helena Amaro
13/11/1956
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