(Fotografia de António Sequeira)
Cada um de nós é uma ilha.
Bate-lhe o mar
o vento...
A solidão é barco
a atracar no cais
em maré de tormento...
Nascem flores
nas encostas vidradas
o sol as beija
o vento as estiolas
a solidão é barco
que as leva ao mar alto
sem esperança de vida...
Cada um de nós é uma ilha
por isso somos um bando de gaivotas
esfomeadas
tentando angariar
um gão de paz
em searas alheias...
Cada um de nós é uma ilha...
Se não fizermos pontes
cada um de nós irá morrer
como morrem nas encostas vidradas
flores secas que não sabem boiar!
Maria Helena Amaro
Outubro, 1984
Concurso Jovens Poetas
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