(Ilustração de Maria Helena Amaro)
Eras de todos o mais divertido,
alegre, folgazão, tão galhofeiro,
olhos gaiatos no rosto tão trigueiro,
a discutir em frases sem sentido.
Entravas pela casa a toda a hora:
«Helena! Ó Helena onde te encontras»
«Já foste sair a ver as montras?»
«Se não vens já, então eu vou embora!»
«Ó filha este rapaz é uma peste
vê lá tu a confiança que lhe deste»
- diziam receosos os meus pais.
Eu respondia muito à minha maneira:
Somos amigos... é tudo brincadeira.
Casar com ele? Não, nunca, jamais!
Maria Helena Amaro
Inédito, junho, 2009
(recordando junho de 1959)
Sem comentários:
Enviar um comentário