(Ilustração de Maria Helena Amaro)
As minhas mãos pálidas transparentes
como águas dum lago sem verdura
parecem mãos de pessoa doente
ou de fantasmas sem vida, sem pintura!
As minhas mãos pequeninas persistentes,
buscam no mundo afagos de ternura.
Mãos caprichosas, fugidias, ardentes
morrem de sede, de sede de ventura!
As minhas mãos pálidas, maceradas,
dedos esguios como sombras aladas
onde o sonho afaga um sorriso
Buscam no ar em revoada louca
a ardência da tua meiga boca
como eu busco na vida um Paraíso!
Maria Helena Amaro
15/04/1955
Sem comentários:
Enviar um comentário